top of page
Foto do escritorinfosomaeser

Propósito de Vida ou Aventura de Vida?!

Atualizado: 16 de nov. de 2023


Refletindo sobre os dias presentes, percebo que muitas pessoas que conheço ou acompanho, encontram-se neste momento como que num parque de paragem na autoestrada, sem combustível para poder continuar. Mas esta é sem dúvida uma excelente oportunidade para parar e pensar.


Qual o Propósito da minha Vida?

A procura de um propósito ou sentido de vida, de acordo com Desidério (filósofo, prof. e escritor), é mais emergente quando algo na vida nos corre mal e, muito frequentemente, é uma maneira de exprimirmos a nossa frustração, muitas vezes temporária.

Neste caso, quando o que nos faz sentir menos bem desaparece, esta interrogação eventualmente desaparecerá também.

No entanto é frequente algumas pessoas questionarem-se por esse Propósito, mesmo quando tudo na sua vida corre na perfeição. Tolstoi o escritor e autor de “Anna Karenina”, por exemplo, interrogava-se sobre o sentido da vida precisamente no momento em que parece ter todas as razões para se sentir feliz. Essa é pois, verdadeiramente a interrogação filosófica sobre o PROPÓSITO DA SUA VIDA.

Um autor que leio e recomendo, médico neurologista, Viktor Frankl, fala-nos da sua experiência pessoal num campo de concentração de Auschwitz, tendo sobrevivido ao Holocausto após 4 anos de cativeiro. No seu livro, “O Homem em busca de um sentido”, escrito em 1946, o autor narra a sua luta dramática pela sobrevivência e também o método de intervenção que desenvolveu, que é aplicável a qualquer pessoa e em qualquer circunstância de vida. A Logoterapia ou Análise Existencial é "uma abordagem psicoterapêutica reconhecida internacionalmente e que se fundamenta empiricamente no sentido da vida“. Nesta corrente, a necessidade mais profunda do ser humano é de ter um sentido na vida. Isso faz com que essa procura, essa "vontade de sentido" seja a maior força motivadora do Ser Humano.

Já alguma vez se questionou, "Qual o meu Propósito de Vida?"

Se a nossa vida tem sentido quando nos entregamos ativamente a projetos de valor, o que acontece à nossa vida quando atingimos essas metas de tais projetos?


Falando de Valores e Virtudes

Que valores temos que ter presentes para atingirmos ou alcançarmos o que considerarmos o nosso Propósito de Vida?

Olhando para as Virtudes do Ser Humano podemos escolher os Pilares da Coragem e da Transcendência, que reúnem as Forças de carácter como Entusiasmo, Coragem, Honestidade e Persistência ou Espiritualidade, Esperança, Humor, Gratidão e Apreciação da Beleza. (mais sobre este assunto em futuros artigos ou no site https://positivepsychology.com/). Mas também o Pilar da Sabedoria/Conhecimento, que reúne: forças como a Criatividade e a Curiosidade, ou o Gosto pela Aprendizagem. Bem como o Pilar da Moderação, que nos trás a gestão do Autocontrolo.

Ficam a faltar a Humanidade e a Cidadania...

Por outro lado, um aspecto que consideramos de vital importância para a superação das dificuldades e dos momentos difíceis da vida é a nossa capacidade de resiliência.


Resiliência, uma capacidade aliada em momentos difíceis

A Resiliência é a capacidade do ser humano trabalhar, superar, aprender e/ou até mesmo se transformar a partir dos imprevistos inevitáveis da vida. Tal capacidade de se proteger oferece condições para uma pessoa, um grupo e/ou uma comunidade prevenir e/ou superar os efeitos prejudiciais causados pelas adversidades da vida. No momento actual todos nós sentimos mais ou menos intensamente as dificuldades comummente sentidas, mas alguns manifestam uma maior capacidade de adaptação e superação que outros a estas dificuldades. Assim poderemos dizer que uns serão mais resilientes que outros. A Resiliência é a capacidade de superar os obstáculos, não deixando que eles interfiram na nossa saúde mental. As pessoas resilientes nunca perdem a esperança e têm uma visão bastante positiva e optimista sobre as situações, mesmo nos momentos mais difíceis de suas vidas. As pessoas resilientes tendem a ser mais criativas. Neste sentido a nossa proposta é de que, possa usar a sua criatividade como ferramenta para achar uma solução para seus problemas, e não apenas sucumbir a eles ou deixar que estes a consumam. Assim como disse o grande cientista Albert Einstein, fique de olhos muito bem abertos, pois as possibilidades são infinitas!

Precisamos então de ter presentes Forças como Coragem, Esperança, Criatividade, Persistência, mas também o Autocontrolo. Esta capacidade de Resiliência insere um amplo conjunto de características intrínsecas ou construídas pelas pessoas de forma a uma adaptação positiva e construtiva perante os desafios, a adversidade e os acontecimentos negativos da vida (Dunn, Uswatte e Elliott, 2011). As pessoas resilientes confrontam-se com os acontecimentos, transformando-os ou observando-os de uma forma positiva. Para Barbosa (2010) a resiliência é uma experiência que implica amadurecimento e desenvolvimento, ou seja, todo indivíduo tem uma predisposição à resiliência que pode ser desenvolvida a partir das suas vivências, durante toda a vida. Também, a resiliência, nas ciências humanas, está relacionada com processos psicossociais que favorecem o desenvolvimento saudável do indivíduo mesmo diante de adversidades. E desta forma, o estudo da resiliência tem como objetivo compreender as características individuais e ambientais que podem ser modificadas para que os indivíduos consigam enfrentar as situações adversas e sair fortalecidos.

Podemos então questionar:


O que nos torna mais Resilientes?

Num estudo realizado por Moran (2005) e baseado numa amostra de 868 sujeitos, encontrou que certos traços de personalidade apresentam maior resiliência perante situações stressantes. São elas:

1) Estabilidade emocional - baixa tendência para estados depressivos

2) Extroversão, complementada com uma autoestima saudável

3) Controlo interno

4) Capacidade de enfrentar os problemas, aumentam os fatores favoráveis ou de proteção, focando-se no problema e como ultrapassá-lo ou aceitá-lo (Moran, 2005).

5) O fator de uma personalidade “amável” é uma variável moduladora do estresse (Menezes, 2011).

6) As pessoas mais amáveis sentem menos esgotamento emocional, comparativamente com as pessoas menos amáveis e também tratam com maior consideração e respeito os outros.


Para mais informação, marque uma consulta ou procure ajuda com um dos nossos especialistas.

12 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page