"A ausência de ocupação não é descanso. Uma mente muito vazia é uma mente angustiada"
William Cowper
Ao longo do tempo tenho vindo a procurar adaptar-me às solicitações e necessidades dos meus clientes e com isso descobrir e aprender novas abordagens terapêuticas.
Nesse caminho, acompanhando as descobertas das neurociências, tenho vindo a experimentar e a divulgar as vantagens do Mindfulness, quer ao nível dos benefícios para a saúde, quer ao nível do impacto no nosso desenvolvimento pessoal.
Não sou de ficar muito tempo parada, até porque o meu cérebro leva-me a estar sempre em ação, quem me conhece sabe disso… no entanto, com o passar do tempo, fui-me deparando com dificuldades na gestão do stress diário e com a necessidade de parar a mente, pelo menos, aquietá-la para poder voltar, com tranquilidade, ao rebuliço diário. A descoberta desta ferramenta deixou-me entusiasmada, bem como aos clientes a quem tenho recomendado alguns exercícios, que vos deixo como anexos no final do artigo.
Descobri que a meditação, o mindfulness melhora a minha atenção, a concentração, a resiliência, e até mesmo as tomadas de decisão, na medida em que, permitindo uma regulação emocional, permite-me pensar de forma lógica e equilibrada, calibrando o emocional e o racional.
Também me permite uma maior consciência de mim própria, dos outros e do ambiente envolvente, mesmo quando saio para passear e aplico a estratégia de estar presente, no aqui e agora.
Os passeios passaram a ser muito mais relaxantes e entusiasmantes, descobri pormenores ou "por maiores" que não tinha consciência até há algum tempo atrás.
As aulas de Pilates Clínico, que tenho vindo a fazer, com cada vez mais entusiasmo e sentido de necessidade, pois o meu corpo precisa de exercício e foco, transformaram-se em aulas de prazer quando aplico o filtro “estar aqui-e-agora”.
Até saborear alguns alimentos, ainda que reconheça que nem sempre consigo isso, ainda, se tornou numa sinfonia de paladares e prazer.
Estar no momento é sentir-me ligada, é aprender fazendo e vendo fazer. E até mesmo em crianças pequenas vejo vantagens neste exercício de quietude e calma, deixo-vos algumas pistas de como fazer com os mais novos, que poderão resultar com algumas mentes inquietas.
As recomendações são para fazer todos os dias, nem sempre consigo, mas sei que estou num processo de ir tentando, e se não desistir, acredito que, um dia destes, será um hábito saudável diário.
A meditação não se explica, sente-se, pelo que convido-te a experimentar, sentir e depois partilhares, aqui ou nas redes sociais os teus comentários e descobertas.
Vamos lá sentirmo-nos cada vez mais, relaxados, confortáveis e confiantes…
Podes mesmo vir a sentir-te surpreendido com esta experiência, e com os efeitos positivos que esta prática pode ter na tua vida!
(leia e partilhe esta informação, a sua ajuda é importante)
Atenção plena ao teu corpo
(meditação guiada para adultos)
O botão da pausa
(meditação guiada para crianças)
Ana Paulico
(Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde)
Comments